Conheça Chico:

O caranguejo interativo!

Chico, o caranguejo robótico com corpo retangular verde e olhos expressivos, levantando uma das garras

Manifesto

Vivemos uma era de rápidas evoluções tecnológicas, onde a aceleração da inteligência artificial e a democratização do seu uso criam novos horizontes. Contudo, essa rápida evolução trouxe consigo paradoxos: tecnologias que deveriam conectar as pessoas, por vezes as afastam, e ferramentas que deveriam ampliar a inteligência humana, em alguns casos, a restringem. Esses desafios despertam reflexões que propõem um olhar para o futuro muito mais humanizado, ancorado na ancestralidade e nas conexões genuínas.

Nesse contexto, surgem novas perspectivas para negócios que utilizam a tecnologia como um recurso para ampliar as capacidades humanas, respeitando e valorizando as essências culturais de cada comunidade.

O SEBRAE, atento a essas discussões, adota o mangue como um símbolo do ponto de partida da cidade do Recife e como uma metáfora para o futuro dos negócios, que devem aliar o uso intensivo das tecnologias ao respeito pelos biomas, pela sociedade e pela cultura.

Juntos com estudantes e professores da Faculdade SENAC e a empresa Artec idealizaram o caranguejo Chico, que reúne as mais avançadas tecnologias de IoT com a reutilização de resíduos eletrônicos para representar todo potencial do nosso ecossistema.

Como Chico enxerga o mundo

Visão do Chico

O CHICO tem uma visão única do mundo! A cada 35 segundos, ou sempre que alguém interage com ele, o caranguejo captura uma imagem através de sua webcam. Mas não é uma imagem comum! Usando efeitos como o filtro azul e a visão térmica, essa imagem é transformada em algo especial e misterioso. Depois, ela é enviada para o nosso site, onde você pode ver essa visão imaginária do CHICO, cheia de cores e surpresas. Tudo para tornar sua interação ainda mais divertida e criativa!

Sobre o Projeto

Imagem sobre o projeto

O caranguejo CHICO é uma peça de metareciclagem que surgiu da vontade de dar nova vida a materiais que, para muitos, seriam apenas resíduos eletrônicos. A primeira inspiração para a construção dessa obra veio do caranguejo, ícone da cultura pernambucana, e foi amplificada pela mídia do Rec’n’Play. Além disso, a obra também se inspira em Abaporu, de Tarsila do Amaral, especialmente pelo grande pé da figura, que se converteu na patola do caranguejo CHICO, criando uma fusão entre arte e identidade cultural.

CHICO se apresenta como um símbolo de adaptabilidade e resiliência, unindo inovação e tradição em uma escultura de 2,4 m x 1,5 m. Equipado com Arduino, Raspberry Pi e sensores que captam toques, temperatura e distância, o caranguejo transforma a interação com o público em uma experiência gamificada e emocionante. Suas expressões em pixel art refletem emoções que se conectam de maneira lúdica e significativa com os visitantes, promovendo, por meio do motor de jogos Godot, uma reflexão sobre a importância da sustentabilidade e da valorização cultural.

Bastidores do Projeto

Como Interagir com o Chico

Chico sorrindo

Passo 1

Aproximar-se: Chegue perto do CHICO e observe suas reações. Ele responderá a sua presença com emoções em pixel art!

Chico ansioso

Passo 2

Toque e Explore: Toque nas patas para ver como o CHICO reage. Experimente diferentes distâncias e interações para desbloquear novas emoções!

Chico sorrindo

Passo 3

Divirta-se!: Compartilhe sua experiência! Se o CHICO mostrar um joinha ou um coração, não esqueça de registrar o momento para as redes sociais!

Experiência Maker

Imagem sobre o projeto

Nossa jornada é um convite a explorar criatividade e inovação. Através de uma parceria entre SENAC, SEBRAE e Artec, fortemente inspirados no movimento DIY - “Do it Yourself”, oferecemos um projeto que visa inovar através de cultura maker, onde trilhamos nossos próprios testes, obras e criações. Neste espaço, documentamos cada passo do nosso processo, com registros visuais e descritivos que capturam a essência do nosso trabalho em equipe, compartilhando a evolução da obra e a troca de ideias dentrodo espírito DIY.

Ideação

Imagem sobre o projeto
Imagem sobre o projeto
Imagem sobre o projeto

O nome CHICO foi dado ao caranguejo e escolhido como uma homenagem à cultura pernambucana, especialmente à figura de Chico Science, ícone do movimento manguebeat, que mesclava música, arte e valorização das raízes locais. O projeto surgiu como resposta a um grande desafio: criar uma solução gamificada e extremamente interativa para o nosso caranguejo dentro de um tempo limitado para o desenvolvimento.

Inicialmente, a equipe explorou diversas ideias, como um jogo cooperativo com caranguejos ou mesmo uma interação baseada em dança, mas essas propostas foram descartadas devido ao nível de complexidade e limitações de tempo. A solução escolhida foi transformar CHICO em um Animal de Estimação Virtual, uma forma simples e envolvente de interação com o público. A escolha do design em Pixel Art, principalmente inspirado nas animações dos anos 30, facilitou a criação das animações e tornou o projeto mais viável.

Desenvolvimento

Dois jovens estão trabalhando juntos; um está conectando fios a um sensor enquanto o outro observa atentamente.
Vários jovens estão envolvidos em atividades; dois estão manipulando sensores, enquanto três estão concentrados em um notebook.
Uma jovem realiza uma soldagem, enquanto uma figura em pé ao seu lado permanece fora do foco, sem mostrar o rosto.

O desenvolvimento do projeto foi dividido em duas equipes, uma focada no hardware e back-end, e outra no design e front-end. A equipe de hardware e back-end foi responsável por criar os protótipos iniciais com sensores de toque utilizando mangueiras, além de trabalhar utilizando Arduino e Raspberry Pi 5, além de testar plataformas como Pictobox e Godot para integrar os componentes. Em paralelo, a equipe de design e front-end trabalhava na construção da identidade visual do caranguejo. Inicialmente, o CHICO foi projetado com uma paleta verde-neon para alinhar-se com a estética do evento REC’n’Play, mas logo a cor foi trocada para cinza, buscando uma abordagem mais neutra.

No aspecto gráfico, o design do caranguejo passou por várias iterações, com o uso de Pixel Art inspirado nas animações dos anos 30, para garantir uma estética que fosse ao mesmo tempo detalhada e viável dentro das limitações técnicas. Além disso, ambas as equipes trabalharam em conjunto no mapeamento das expressões faciais (carinhas) do CHICO, definindo como o caranguejo reagiria às interações do público. Essa divisão permitiu um desenvolvimento paralelo e eficiente, onde cada equipe focava em aspectos cruciais para garantir uma integração bem-sucedida entre a parte técnica e visual.

Testes

Na foto, diversos fios estão ligados a um Raspberry Pi, destacando a conexão entre os componentes.
Um rapaz está realizando testes nos sensores de toque usando um multímetro digital.
A foto mostra uma televisão exibindo um teste com a imagem do rostinho de Chico, que apresenta uma expressão triste. Ao lado, em foco, um notebook exibe a mesma imagem.

Durante os testes, a equipe enfrentou uma série de desafios técnicos e criativos que exigiram muita colaboração e adaptação. O maior desafio foi, sem dúvida, dar vida ao caranguejo e torná-lo verdadeiramente interativo e envolvente para o público. Inicialmente, o CHICO era uma figura estática, o que limitava a experiência de interação.

A equipe precisou testar várias abordagens e ajustar a mecânica de movimentos para que o caranguejo se conectasse de forma mais eficaz com os visitantes. A movimentação dos olhos foi uma das primeiras soluções encontradas para fazer o caranguejo parecer mais vivo, mas isso exigiu testes contínuos e ajustes finos na programação e na integração dos sensores com o sistema.

Outro desafio importante foi a integração entre o hardware e o software. A equipe precisou garantir que os componentes de hardware, como os sensores de toque, o Arduino e o Raspberry Pi 5, funcionassem perfeitamente com as plataformas de software escolhidas, como o Pictoblox e o Godot. Além disso, a parte de design também apresentou desafios, como a escolha da paleta de cores e a criação de animações em Pixel Art que fossem ao mesmo tempo simples e expressivas.

A equipe de design teve que encontrar um equilíbrio entre estética e desempenho, garantindo que o CHICO fosse visualmente interessante, mas sem sobrecarregar o sistema com gráficos demasiadamente complexos. Esses desafios exigiram que a equipe fosse extremamente flexível, pronta para refazer ou ajustar qualquer aspecto do projeto conforme necessário para atingir o resultado desejado.

Visita Técnica

Na sala, várias pessoas estão reunidas em uma formação ordenada.
Na imagem, o caranguejo Chico é apresentado de costa, uma escultura elaborada com materiais eletrônicos reciclados.
Um grupo de pessoas sorrindo e posando para fotos ao redor de uma escultura de boi.

A visita técnica à ArtTec foi um marco de extrema importância, trazendo feedbacks fundamentais para o alinhamento da obra. A equipe de hardware recebeu a orientação de posicionar os sensores nas patolas do caranguejo, que eram as partes mais destacadas e fortificadas para interações, tornando-se o ponto ideal para o engajamento com o público.

Durante a visita, a equipe percebeu também que o tom inicialmente escolhido de verde não estava alinhado com a proposta estética do caranguejo, o que levou a uma revisão completa da identidade visual. O objetivo foi encontrar uma cor e estética mais adequadas, não só para o caranguejo, mas também para as expressões faciais e o layout do site, criando uma harmonia que refletisse melhor a essência do projeto.

Outro avanço importante foi a aprovação das expressões faciais ("carinhas") do caranguejo pela artista responsável, garantindo que o design estivesse alinhado com a visão estética do projeto. Além disso, dentro do âmbito de design, surgiu também o insight de colocar circuitos como background do rosto na tela, uma vez que dentro da exposição do Rec’n’Play esse mesmo design de circuito fosse ser colado ao chão.

Refinamento

Uma mulher em pé segura um notebook, apresentando a imagem do rostinho de Chico sorrindo para um grupo de pessoas sentadas ao seu redor.
A foto mostra um módulo de sensor de distância, com o sensor dentro de uma estrutura impressa em 3D que possui patinhas de caranguejo.
A foto retrata um notebook com elementos visuais pouco detalhados, mostrando uma mulher de lado, capturada de trás, sem que seu rosto seja visível.

Durante o desenvolvimento de CHICO, o processo de refinamento ocorreu de forma simultânea às implementações das mecânicas, o que permitiu que cada nova funcionalidade fosse inserida de forma otimizada e satisfatória desde o início. Embora o tempo fosse limitado, isso nos permitiu focar 100% dos esforços na qualidade de cada feature, ajustando e refinando continuamente o projeto.

O código foi um dos aspectos mais trabalhados, com diversas otimizações realizadas para garantir o melhor desempenho possível e evitar problemas futuros de performance que poderiam prejudicar a interação com o caranguejo. Além disso, a parte visual também passou por refinamentos: o fundo dos caranguejos foi ajustado e a arte foi revisada, alinhando-a com a identidade do projeto. O layout do site também passou por reformulações, com base no feedback da equipe e dos envolvidos, para garantir que estivesse mais coeso com a proposta visual.

Outro módulo importante que passou por refinamento foi o dos sensores ultrassônicos, que foram testados para garantir a responsividade e a precisão das interações do caranguejo. Ajustamos o intervalo de leituras para que as reações do CHICO fossem mais dinâmicas e fluídas, proporcionando uma experiência mais imersiva e interativa para o público. Esse processo de refinamento, tanto no aspecto técnico quanto visual, nos permitiu melhorar a qualidade do projeto e garantir que o CHICO fosse uma experiência coesa e de alto nível, tanto do ponto de vista estético quanto funcional.

Equipe